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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Uma história típica do Corinthians

Era o desastre anunciado: jogo contra o Botafogo, o segundo melhor time do campeonato, no Maracanã. Além do mais, o Corinthians iria jogar com alguns jogadores recém-promovidos do time B. E o começo parecia confirmar a tragédia, com um gol contra do novato Nilton, logo aos dois minutos de partida.

Mas como sempre acontece nos momentos difíceis, o milagre aconteceu. Arce, que sequer vinha sendo utilizado por Carpegiani, empatou o jogo. E depois, a virada, num chute de fora da área que não poderia ser dado por mais ninguém senão pelo até então vilão do jogo: o novato Nilton. Mais uma vez, como ocorre nas partidas históricas, houve lágrimas do jogador que, agachado, não parecia acreditar ter encontrado a redenção no campo em que sempre sonhara jogar.

E, para aumentar a incredulidade do torcedor corinthiano, o time ainda marcou o terceiro, com outro renegado, Finazzi. O Botafogo então foi todo para a frente, e diminuiu ao placar com um pênalti cobrado por Dodô. Depois, foi só segurar o ímpeto botafoguense e levar mais três pontos para casa - mesmo com um a menos.

Talvez o Corinthians seja o único time a quem nunca ninguém que acompanha o futebol pode dar como morto. Suas campanhas podem terminar em fracassos retumbantes, mas sempre haverá uma história de superação que valerá para o torcedor como justificativa para continuar a amar seu time.

Já ao Botafogo, resta apenas o alerta: reclamar contra a arbitragem não disfarça a queda livre em que o time está com o afastamento de Zé Roberto. Afastar o jogador mais talentoso da equipe é um luxo ao qual poucas equipes podem se dar, e obviamente o time da Estrela Solitária não é uma delas. O Bota tem de reagir rápido para não confirmar a suspeita de que é apenas um cavalo paraguaio, aquele que dispara no começo da corrida, mas se cansa rapidamente e termina lutando contra o rebaixamento.

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