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terça-feira, 1 de maio de 2007

Um exercício de futurologia

O que acontecerá com Santos e São Paulo se o destino resolver aprontar uma das suas - respectivamente, no Campeonato Paulista e na Libertadores? Pois bem: mais como esforço de imaginação do que previsão, este cronista arrisca-se a contar. Tenham em mente que mesmo os esforços de imaginação contém muitas opiniões. Afinal, alguém aí sabe onde termina a criatividade e começa a interpretação?

Santos

Bom, no primeiro jogo da final do Paulistão, o Manjuba tomou dois cocos do São Caetano. Zé Roberto não funcionou, assim como os poderes mágicos de Luxemburgo (lembra de um jogo entre Palmeiras e São Paulo, em que o Verdão perdia de 2 a 1? Então, naquele jogo, o Palestra tinha um escanteio a seu favor. Luxa colocou o atacante Maurílio antes da cobrança e a torcida, em coro, gritava "Burro". Pois bem: Maurílio empatou o jogo justamente naquele escanteio e ainda deu o passe para outro gol. O Palmeiras ganhou de virada e Luxa mandou a torcida calar a boca).

Nada faz este cronista pensar que o Santos está morto. Apesar de o São Caetano jogar pelo empate, o Manjuba está melhor estruturado, tem jogadores melhores em posições estratégicas (Maldonado, o próprio Zé Roberto) e Luxa saca muito mais de futebol do que Dorival Júnior. Mas e se o Manjuba perder?

Então: Luxa será pressionado a vencer a Liberta, porque será o único título que resta e ele ganha R$ 500 mil por mês. O Santos, como o próprio Marcelo Teixeira já admitiu, já gastou todo o dinheiro da venda de Robinho e Diego. O Caracas não é um adversário difícil, e o Santos deverá liquidar a fatura amanhã mesmo, na Venezuela. Porém, para as próximas etapas, o Santos pegará adversários mais difíceis, e a falta de experiência do time em jogos internacionais poderá pesar.

Este cronista não acredita que o Santos ganhe a Libertadores, e também não acredita que o time conseguirá manter Zé Roberto para o Brasileiro. Assim, há grandes riscos de o ano terminar e o santista ver seu time retornar ao desempenho dos anos 80. Mesmo porque, se perder a Libertadores, Luxemburgo não ficará para o Nacional.

São Paulo

O caso do SPFC já é mais duro. O time terá de derrotar o briguento e aguerrido Grêmio para não desencadear uma crise. A torcida já pega no pé do Muricy; a qualidade do elenco é questionada; e o time está em uma pendenga com seu patrocinador, que não paga as cotas há dois meses.

O time do SPFC é experiente em jogos internacionais, e o Grêmio vai precisar de muito mais do que força e catimba para derrubar o São Paulo. Portanto, este cronista entende que o São Paulo derrota o Grêmio no Morumbi e mantém o empate no Olímpico. Além do mais, mesmo questionado, o elenco do São Paulo é superior ao do Tricolor gaúcho. Porém, quem imaginaria que o São Paulo de 2006 perderia para o Internacional?

Que o São Paulo versão 2007 é o pior desde a chegada de Cuca, muitos já dizem. Porém, ainda é cedo para dizer que o time está na descendente. Não imagino que o SPFC vencerá a Liberta, mas também não fará feio, e chegará ao Brasileiro sem saber se Dagoberto continua o mesmo e com Muricy.

Falta ao São Paulo o tempero que Mineiro dava ao time. As contratações recentes do time deixaram o SPFC ainda mais nivelado aos outros times do que antes. Mas tem o elemento camisa, e este cronista afirma que a camisa tricolor paulista é a mais forte no momento. E é isso que deixa as coisas nebulosas, quando se trata de imaginar o futuro do SPFC. Afinal, o time pode ser questionado agora e ganhar a Libertadores depois - e nem por isso Aloísio, Leandro e Souza seriam craques. Apenas têm a sorte de vestir a camisa mais vencedora dos últimos 20 anos.

Um comentário:

Anônimo disse...

20, não. 37 anos, para ser mais preciso.