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quarta-feira, 25 de abril de 2007

A superstição no mundo da bola (Parte 1)

Caríssimos leitores do Chapeladas,

Já que estamos nas fases finais dos campeonatos regionais pelo Brasil e alguns até já encerrados eu optei em trazer algumas situações quase que inenarráveis sobre superstição mas que esse humilde cronista irá fazê-lo e em duas partes devido à extensão desse assunto.

O futebol é lembrado pela paixão, superstição e encanto. O futebol encanto, faz rir e faz chorar e mais que isso, mexe com os mais íntimos e inalcançáveis sentimentos de um torcedor. E cada um tem as suas mandingas prediletas ou ainda chamadas de infalíveis.

Um exemplo de superstição no futebol carioca e que foi um daqueles “causos” contados pela célebre mestre Armando Nogueira foi a do cachorro vira-lata, popularmente conhecido como Biriba, que tinha as cores do Botafogo. Quando ele chegou ao Botafogo o time conseguiu uma lendária goleada e desde aquele dia o cachorro era o mascote oficial com direito a lugar garantido no banco e aval da diretoria.

Eu mesmo já presenciei em minha casa cenas um tanto quanto esquisitas. Meu irmão, por exemplo, desde 1992 ganhou uma camisa de treino do seu time (apesar do olhar curioso do leitor na tela eu não comentarei qual o time que ele torce) comprada em saldão por este que vos escreve e de origem até duvidosa. Não é que ele a usa em um clássico contra o arqui-rival combinando com uma surrada calça de moletom e o time dele ganha? Eis que num jogo pela Libertadores em 2005 ele ainda suava os trajes e jurava que esse não era o fator determinante das vitórias, mas que ajudava disso ele não duvida.

Isso sem contar os casos de casas pintadas na cor do time, toalhas, produtos, pratos e copos do time, peças bizarras de decoração mas que tem o escudo amado e as dezenas de camisas shorts e bandeiras guardadas e que, por pura superstição nunca são jogadas fora.

Meu pai, torcedor fanático e assíduo leitor do Chapeladas vai além. Possui uma camisa da sorte e uma cueca da sorte, o que no meio futebolístico não é nada de mais. E tem lugar certo no sofá para sentar, lugar para os itens de decoração da sala e nunca entre na casa dele em dia de jogo com as cores do rival.

Lembro ainda da final do campeonato brasileiro de 2004 entre Palmeiras e Vitória. O Palmeiras tinha um belíssimo elenco e jogava fácil e do outro lado o Vitória da Bahia, com Edílson, Paulo Isidoro e um time que prometia surpreender. O Palmeiras levou mas o fato mais curioso que me lembro é da televisão mostrar antes do jogo lá na Bahia as macumbas e trabalhos que estavam preparados para o Vitória levar a taça. Depois da conquista um cronista de rádio soltou a pérola: Se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminava empatado.





"Oxente painho, to lhe entregando essa oferenda para dar uma forcinha para o meu Bahia que tá na pindaíba e faz tempo... Axé!"

Continua...

Um comentário:

Juju disse...

Hahaha, adorei!

Ficou ótimo!
A foto é sensacional!