Galvão Bueno ou Éder Luiz?
Os bastidores do futebol agitam-se com uma disputa que afetará diretamente a todos os consumidores do esporte bretão: quem irá comprar os direitos das transmissões do Campeonato Brasileiro. A Globo, atual detentora, já vê de perto a sombra ameaçadora da Record e seu "dinheiro santo".
Explico: ontem teve reunião do Clube dos 13, uma espécie de OPEP do futebol. E a coisa pegou fogo, com denúncias de superfaturamento apresentadas pelo Flamengo (devidamente respondidas com ameaças de processo judicial pelo Fábio Koff, presidente do C13), promessas de dissidência feitas pelo Euricão caso a Globo continuasse a exibir críticas ao Vasco em sua programação (doutor Eurico aceita apenas "críticas construtivas") e o risco de toda a reunião de ontem não ter valor, já que o Palmeiras fora representado por Mustafá Constursi, que atualmente não ocupa nenhum cargo no clube.
A reunião era para a Rede Globo prestar contas aos clubes sobre o Brasileirão do ano passado. No entanto, representantes da Record ligavam intermitentemente para o local da reunião, querendo saber de todos os detalhes em tempo real.
A Record, com seu abundante "dinheiro santo", já tirou as Olimpíadas da Globo e agora cerca os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. A Telebispo aceita, inclusive, negociar com cada clube em separado - coisa que a Toda-Poderosa nunca aceitou, pois aí pagaria muito mais.
E é isso o que motiva os clubes a tumultuar o ambiente, principalmente os times do Rio de Janeiro. Falidos e com times que nunca disputarão campeonatos mais rentáveis, como a Libertadores, com chance de ganhá-los, a única oportunidade de aumentar a receita é ou extorquir a Globo ou negociar em separado com a Record. Negociações em separado soam como música para os dirigentes, pois aí ninguém saberá quanto clube ganharia da Record - ou seja, times como Botafogo e Atlético Mineiro, que hoje estão no terceiro escalão da remuneração televisiva, poderiam ganhar muito mais do que ganham hoje já que os outros clubes não teriam como saber quanto botafoguenses ou atleticanos ganharam.
E é aí que a coisa pega para nós, telespectadores. Porque se pode traduzir a batalha entre Globo e Record como uma luta entre Galvão Bueno e Éder Luiz, o que, necessariamente, não nos leva a nenhum lugar melhor. Portanto, ou nos acostumamos com Éder Luiz, com comentários de Neto e Godói, ou faremos uma campanha para os fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus aumentarem o dinheiro santo para que a Telebispo adquira o passe do Galvão Bueno - e aí, tudo ficaria como antes...

"Agora, só vou contar hambúrgueres, amigo!" declarou Galvão Bueno a este cronista.
Enquanto isso...

"Já tenho cara de santo... agora só me falta a auréola!" afirmou Éder Luis a este cronista.
Explico: ontem teve reunião do Clube dos 13, uma espécie de OPEP do futebol. E a coisa pegou fogo, com denúncias de superfaturamento apresentadas pelo Flamengo (devidamente respondidas com ameaças de processo judicial pelo Fábio Koff, presidente do C13), promessas de dissidência feitas pelo Euricão caso a Globo continuasse a exibir críticas ao Vasco em sua programação (doutor Eurico aceita apenas "críticas construtivas") e o risco de toda a reunião de ontem não ter valor, já que o Palmeiras fora representado por Mustafá Constursi, que atualmente não ocupa nenhum cargo no clube.
A reunião era para a Rede Globo prestar contas aos clubes sobre o Brasileirão do ano passado. No entanto, representantes da Record ligavam intermitentemente para o local da reunião, querendo saber de todos os detalhes em tempo real.
A Record, com seu abundante "dinheiro santo", já tirou as Olimpíadas da Globo e agora cerca os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. A Telebispo aceita, inclusive, negociar com cada clube em separado - coisa que a Toda-Poderosa nunca aceitou, pois aí pagaria muito mais.
E é isso o que motiva os clubes a tumultuar o ambiente, principalmente os times do Rio de Janeiro. Falidos e com times que nunca disputarão campeonatos mais rentáveis, como a Libertadores, com chance de ganhá-los, a única oportunidade de aumentar a receita é ou extorquir a Globo ou negociar em separado com a Record. Negociações em separado soam como música para os dirigentes, pois aí ninguém saberá quanto clube ganharia da Record - ou seja, times como Botafogo e Atlético Mineiro, que hoje estão no terceiro escalão da remuneração televisiva, poderiam ganhar muito mais do que ganham hoje já que os outros clubes não teriam como saber quanto botafoguenses ou atleticanos ganharam.
E é aí que a coisa pega para nós, telespectadores. Porque se pode traduzir a batalha entre Globo e Record como uma luta entre Galvão Bueno e Éder Luiz, o que, necessariamente, não nos leva a nenhum lugar melhor. Portanto, ou nos acostumamos com Éder Luiz, com comentários de Neto e Godói, ou faremos uma campanha para os fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus aumentarem o dinheiro santo para que a Telebispo adquira o passe do Galvão Bueno - e aí, tudo ficaria como antes...

"Agora, só vou contar hambúrgueres, amigo!" declarou Galvão Bueno a este cronista.
Enquanto isso...

"Já tenho cara de santo... agora só me falta a auréola!" afirmou Éder Luis a este cronista.
2 comentários:
Agora está OK?!
Valeu pelas dicas paulistanas.
Abraços
Nesse final, os comentários de Galvão e Éder me lembrou bastante um jornalista fanfarrão do programa "Mesa Redonda". Qual linha de jornalismo esse blog pretende seguir?
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