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quinta-feira, 14 de junho de 2007

Acabou a cota de milagres dos gaúchos

Grêmio em 2005. Internacional em 2006. Grêmio novamente em 2007. Nestes anos, Deus esteve sempre lá, ajudando os gaúchos - seja em Recife, naquele Grêmio contra o Náutico na final da Série B, seja nos dois jogos da final da Libertadores do Inter contra o SPFC, seja na final do Gauchão deste ano com o Grêmio revertendo os 3 a 0 contra o Juventude (aliás, o Grêmio reverteu todos os placares desfavoráveis nos mata-mata da Liberta).

Mas ontem, em Buenos Aires, Deus se cansou. Ou estava ocupado, talvez ajudando Jorginho Bush a procurar seu relógio que os PCCs da Albânia lalaram. De qualquer forma, Deus não se ocupou do Boca e a lógica prevaleceu: 3 a 0 pros argentinos.

O jogo de ontem mostra que o futebol aceita histórias bonitas, mas até um certo ponto. Não é porque o Inter ganhou a Liberta com um time medíocre que qualquer time medíocre será campeão. Não é preconceito, mas time com Lúcio, Tcheco, Tuta, Sandro Goiano não dá mesmo para aspirar muita coisa.

E, além do mais, o Boca tinha Riquelme. Mesmo em franca decadência, o argentino ainda joga mais do que qualquer jogador do Boca ou do Grêmio em sua melhor fase. E ele foi quem decidiu o jogo ontem, primeiro numa cobrança de falta precisa, que além de abrir o placar teve o efeito de apequenar o Grêmio. E, depois, para marcar o segundo gol, num belo chute.

Agora, resta ao Grêmio esperar que os PCCs albaneses devolvam o relógio do Bushinho, que o Iraque se resolva, que a guerrilha colombiana faça amor e não a guerra, para que Deus volte a se concentrar no jogo de volta, quarta que vem. Marcar três gols nesse time de malacas que o Boca tem não será fácil. Os caras vão cair, se contundir e se curar milagrosamente, vão encher o saco dos gremistas até um for expulso (já fizeram isso ontem, com o Sandro Goiano) e vão jogar com o tempo a favor.

Mas o gremista deve ficar feliz com a campanha do seu time. Afinal, reverter um 3 a 0 contra o Juventude pelo Gauchão é uma coisa infinitamente mais simples do que virar o mesmo placar, só que contra o Boca e pela Liberta.


"Nem vem, eu sou corinthiano", protesta Antônio Fagundes ao ser convocado pela torcida do Grêmio

Um comentário:

Anônimo disse...

quarta feira voltaremos a conversar, e tu vai entender porque somos conhecidos como imortal tricolor. Abraço!