Leitores do Chapeladas determinam sucessor de Vicente Matheus
Muitos dizem que o futebol de hoje não é mais o de antigamente, que o futebol deixou de ser arte para se transformar em negócio, o amor pela camisa não existe mais... porém, em uma coisa o futebol permanece igual: o do dirigente folclórico, aquele que fala mais do que pensa e sempre cunha expressões que marcam uma determinada era do futebol.
Os anos 70 e 80 tiveram o inigualável Vicente Matheus, em São Paulo; os anos 80 e 90 foram marcados pelo Eurico Miranda, no Rio. E, se depender dos leitores do Chapeladas, a primeira década deste século será caracterizada por Marco Aurélio Cunha, do São Paulo.
Médico, Cunha inaugura uma fase em que os dirigentes também trocam de camisa, pois o são-paulino também já fora dirigente do Santos (e, inclusive, é santista, tendo até carteira de sócio do clube). Porém, Cunha foi discreto em sua passagem pelo Manjuba, mesmo porque em sua época, o time da Baixada ia mal. Portanto, confirma-se a tendência: quanto maior é o sucesso do clube, também maior será a garganta dos seus dirigentes.
Marco Aurélio Cunha teve 31,25% dos votos da enquete que perguntava qual porta-voz mais marcou um clube. Concorriam com Cunha seu colega de clube Rogério Ceni (que teve 6,25% dos votos), Mustafá Contursi (25,5% dos votos, ficando em segundo lugar) e Vicente Matheus e Euricão (cada um com 18,5% dos votos, porém como cada voto valia meio, a percentagem correta é 9,25% para cada).
Os leitores devem ter votado em Cunha pelas provocações memoráveis que fez ao Corinthians (este cronista se lembra da melhor, quando o são-paulino/santista disse que o bilhete de metrô era o único passaporte para o Timão). Para este cronista, Cunha é uma boa escolha, mas ele precisa ser mais ativo. Tem falado pouco o fanfarrão.
Nossa próxima enquete continua associada à garganta: você prefere um técnico que grita, pula, se desfigura em campo ao ver o time jogar (mesmo que seja um amistoso contra o XV de Jaú) ou um técnico que assiste ao jogo sentado, pernas cruzadas, mão no queixo como quem assiste a uma palestra de filosofia? Em outras palavras - um técnico à la Muricy ou um mais para Oswaldinho de Oliveira?
Vota aí no formulário à direita e a gente promete que nunca mais deixará uma enquete por mais de uma semana. Aliás, numa prova de que o Chapeladas adota as políticas mais modernas de Recursos Humanos, o estagiário responsável pelas enquetes foi demitido por isso, depois de tentar explicar o atraso ajoelhado no milho e com uma canga no pescoço.
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